sábado, 4 de dezembro de 2010

Um Vento Que Varreu o Parque - Edição Especial

Na verdade, essa "história" é diferente numa outra "Obra" que fiz.Trata-se de um conto que eu me inspirei na História Original, que é do KIO.Ele me mandou a versão dele, que eu aumentei e fizemos um futuro Livro.Esse é o nome.Mas o que vocês vão ler agora não é muito parecido com o que está escrito na verdadeira "Obra".

Comentem...



-E então, doutor?-indaguei, num misto de curiosidade e ansiedade.Eu estava impaciente.O tic-tac do relógio enchia o consultório tamanho era o silêncio.-Já tem o diagnóstico?

O doutor suspirou pesadamente e eu me preparava para ouvir algo que, com certeza, eu não iria gostar.

-O que o Kauã tem é algo que já suspeitávamos, visto os sintomas apresentados. -ele disse, enfim. – Os vômitos, cefaléia, desmaio...Os exames apontaram...Um Tumor no cérebro...Maligno!

O Silêncio de outrora fez-se ainda mais pesado.Nem o tic-tac ouvi mais.Senti o ar faltar, o chão sumir.Tentei falar, mas só consegui chorar.

E quando já em frente ao leito de Kauã, que repousava tranqüilo ao efeito dos remédios, lembrei que o doutor havia dito algo sobre a cirurgia ser arriscada devido seu estado debilitado. Mas eu não conseguia pensar em nada. Só queria estar com ele e assim ficar.

A Casa em frente ao Parque era nossa há dois anos e meio.Eu estava na sala de Piano olhando pela janela que tinha a melhor vista da casa: o lago do Parque.

Kauã cruzou a porta sem eu perceber, o que não me permitiu disfarçar o choro.Ele se aproximou e sorriu.Aquele sorriso que me encantava e sempre me fazia sorrir também.Seus olhos, agora rodeados por profundas olheiras, não perderam o brilho de sempre.Sua mão grande e macia capturou minha lágrima e ele disse calmo:

-Tem uma semana que saí do Hospital e você tá assim, pra baixo...

-Me preocupo com você. Tenho tanto medo de que você...

Por mais que eu tentasse não pensar no pior, era só o que eu tinha em mente. Não ajudava em nada falar sobre morte, mas era esse meu medo. Eu o Amava demais para vê-lo partir.

Kauã me surpreendeu com um demorado beijo e novamente sorriu, levantando e me puxando com ele, me levando Parque adentro. Eu ria qual criança sendo arrastada pela Mãe. Até pararmos em frente a uma árvore que eu reconheci de pronto.Sorri ao ver desenhado no tronco um coração com nossas iniciais.

-Os Carvalhos duram muito tempo, por isso escolhi um pra fazer esse desenho. – ele se aproximou, ainda sorrindo. – Não precisa ter medo de nada!Essa árvore vai estar aqui mesmo quando estivermos bem velhinhos.

Besta que sou, senti meus olhos encherem d’água.Como eu chorava tanto e ele conseguia ser tão forte?

-Tem mais uma coisa.-ele disse, me puxando de novo até em frente ao lago, onde eu já via a Lua refletida nas águas mansas e podia sentir o vento refrescar o calor.-Dois anos atrás, ao trocarmos nossa primeira aliança e eu ter feito aquele desenho, nós mergulhamos nesse lago.

Nem foi preciso dizer mais nada.Ri ao vê-lo se jogar na água e gritar pra eu ir também.E mesmo que eu não quisesse, seria tarde, pois ele jogava um bocado de água em mim.Fingindo estar furioso, me joguei como se querendo pegá-lo para uma briga e foi o que de fato aconteceu.Esmurrávamos o lago para jogar água um no outro.

Saímos da água e ficamos deitado na grama, olhando a Lua e as primeiras estrelas que surgiam.Kauã olhou para mim e sorriu, de novo...

-Obrigado!

-Por quê?

-Por estar sempre comigo, me fazer feliz...Simplesmente por existir...Eu Te Amo!

Preciso dizer que chorei?...

Quando cheguei em casa na manhã seguinte, queria logo contar para Kauã a novidade: Minha Banda gravaria o primeiro cd oficial!E eu estava eufórico, tanto que joguei minha mochila no sofá e corri para o quarto.Não o encontrei lá. Corri para onde imaginei que ele estaria.

Ao abrir a porta da sala de Piano, minha alegria morreu!Senti minhas pernas tremerem, meu sangue gelou.Meu coração saltava.Kauã estava caído ao lado do piano com um porta retrato na mão e nossa foto nele.

Meu grito saiu sôfrego.Toquei seu rosto gélido e percebi que era tarde demais pra fazer qualquer coisa.Num ato de loucura, talvez, lembrei do quanto ele gostava de me ouvir tocar, então, sentei em frente ao piano e dedilhei.Sua música preferida.As notas encheram a casa em luto...My Immortal...

A Sombra me acolhe.Vejo o Sol refletindo naquele lago a minha frente.O Carvalho é uma árvore que dura muito tempo.Minhas costas repousavam em seu tronco e meu coração estava gravado nele com duas iniciais...E eu apenas observava a cena, sozinho.Não há mais nada comigo, senão meu Amor Eterno que foi levado por Um Vento Que Varreu o Parque.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

O importante é ser VOCÊ.


As pessoas não são como a gente quer...
As coisas não sou como queríamos que fosse...
Não somos Amados por quem Amamos...

Isso tudo é muito comum de acontecer.
Basta você ter uma maneira forte de ver as coisas.
Você é único!
Seja Você, sempre!
Não existe mais o Ontem.
O Amanhã ainda não chegou.
Então, viva o seu AGORA!
Você é o seu Agora, você vive o momento.
O que é muito importante pra você Hoje, pode não ser mais amanhã.
Tudo é relativo, as coisas mudam e principalmente nossas opiniões.
Desde que você começou a ler este texto até o seguinte momento, algo já mudou.
Talvez sua maneira de ver a vida, talvez você me ache mais imbecil - ou não.
Talvez você leia mais meu blog, ou deixe de lê-lo definitivamente, enfim.
TUDO MUDA!
E é pra isso que vivemos.
Não páre no tempo, continue vivendo um dia após o outro como se cada um fosse seu último.
Pré-ocupar-se com o Amanhã vai te aborrecer.
O Tempo é agora, então, viva-o.
Se der, deu.Que bom.
Se não der, ok.Era o que você podia fazer.
Pense que você é único!
Viva para você!
Fazendo o Bem pra você, fará o Bem para os outros!

NADA é como queríamos que fosse.
E você pode mudar isso...
Ou não.
Mas você ainda pode ser, simplesmente, VOCÊ!

Nota pessoal: Ler o livro "Atitude" do Luiz Antônio Gasparetto tem sido muito bom!
Eita, Tio Gaspa...Ele é o cara!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Teu Silêncio de Leni Martins.

O site byMK tem mesmo de tudo!
A usuária TamyReis publicou um Set incrível (foto) com um Poema lindíssimo da Leni Martins.
Espero que gostem assim como eu gostei e trouxe pra cá.

Corta-me o teu silêncio
No meio do meu peito
Como navalha amolada
Cortando aos poucos
Cruel e gelada

O teu silêncio apaga
A unica chama que me resta
A unica luz que me arrebata

Um silêncio que me cala
Que me amarra e sufoca
Na forca dos incompreendidos
No nó que me enrrosca

O teu silêncio queima-me
Com febre de não te ouvir
Arde como brasa dentro de mim
Teu silêncio é como o fogo
a me consumir
E nas chamas deste teu silêncio
resta-me falar por tí.

Leni Martins


Veja mais no Blog dela: http://poemagotico.blogspot.com/

sábado, 28 de agosto de 2010

CONTO - "The Love is Gone" - por Thiago Assoni


O revólver caiu ao seu lado assim como parecia acontecer com sua alma ou tudo que parecia haver dentro de si...
Seus olhos se desmanchavam na maquiagem negra e perfeita de outrora. O batom se misturava ao vermelho do sangue que havia entre seus dedos.
O vestido preto se abria no chão, deixando o scarpin no tom da boca amostra. E o corpo de seu amado jazia ainda quente ali na sua frente.
Ela ainda tremia quando tentou arrumar seus longos e volumosos cabelos loiros no espelho que pendia da parede em 90°.
Pegou as chaves do carro dele e saiu do quarto. Na sala, bebeu de uma só fez o restinho do uísque que tinha no copo que repousava sobre a mesinha de centro.
As rosas também estavam ali, assim como o corpo da amante. Essa última que abriu a porta, vestida somente com a camisa flanelada que ela, a assassina, dera para o fulano que agora esfriava no piso do quarto.

***

Colocou a chave no contato, girou e não ouviu nenhum ruído sair do motor. Abriu o portão automático e logo ganhou as ruas.
Não se atentou aos carros que buzinaram quando ela passou direto pelo cruzamento. Não olhou o sinal vermelho um pouco mais adiante.
“Cinco anos de namoro.” - pensava ela.
Eles comemorariam cinco anos de namoro naquela noite. Pelo menos para ter sido assim.
Afundou o pé no acelerador e via as ruas ficando para trás cada vez mais rápido. Costura entre os carros, continuava avançando os faróis vermelhos... 
Estava cega de ódio, rancor e amargura. Não conseguia acreditar no que ele fizera. Não conseguia acreditar no que ela própria tinha feito.
Era dor demais para aguentar. Isso não podia acontecer, nada deveria ter sido assim...
As lembranças doíam demais e as lágrimas inundavam seus olhos, deixando sua visão cada vez mais turva. 
Ainda assim, continuou com o carro em alta velocidade. Ela sabia o que buscava agora, pois não conseguiria viver mais depois daquele dia.
E tudo o que ela queria, enfim, aconteceu...

***

A Cegonheira tinha aproximadamente vinte metros de comprimento. Na velocidade a qual estava, seria mesmo fatal!
E tudo foi rápido demais...
O som dos pneus freando, ferro retorcido, vidro quebrando...
Eles se perderam...
O Amor se foi...



domingo, 22 de agosto de 2010

* * *



Sentei e vi a chuva através do vidro embaçado da janela do meu quarto...

Há quanto tempo eu estava ali?

Bom, eu podia me lembrar do Sol que vi do mesmo lugar quando os lençóis ainda estavam perfeitamente alinhados no colchão...De quando meu rosto ainda era seco, meus olhos enchergavam com algum foco e meu coração não sangrava assim como agora.

Já era noite, quase madrugada.

Não havia Lua, nem estrelas...A casa vazia se fazia monstruosa, deixando com que os trovões ecoassem por entre os corredores.

Mais uma vez, eu estava sozinho de novo!

Eu não me importava em deixar meu Sneaker verde musco sobre o lençol branco...Não me importava com a escuridão ao meu redor e nem mesmo com a música triste que tocava no rádio.

Tudo o que eu queria era parar com aquilo.Parar de chorar, parar de me sentir fraco, pequeno e tão frágil, pois sabia que aquele não era eu!

Talvez fosse um castigo.Quantas pessoas gostaram de mim e eu as fiz sofrer?Mesmo por ele, fiz alguém chorar...

Amaldiçoado.Talvez fosse isso!Eu não poderia Amar.Sempre sofrendo ou vendo alguém sofrer.Sempre ferindo, sangrando, chorando...Morrendo...

A chuva caia assim como as muitas lágrimas de meus olhos...Meu rosto lavado, bestamente...Era inútil agora.Nada poderia voltar a ser como antes.Quem deveria sofrer, já sofreu...Quem deveria chorar, já chorou...

E agora era hora de eu chorar tudo o que queria.Era o momento de matar tudo o que sentia para viver um novo dia amanhã...O Sol sempre surge após uma Noite chuvosa.Nem sempre vem um lindo arco-íris, mas um novo dia vem, sempre vem...

E eu chorava...Tremendo e me acabando, mas eu chorava.Tudo pelo que estou vivendo...Querendo logo um novo Amanhã e lembrar de que após o choro, vem um sorriso.

Eu tenho um único e grande Amor, sempre, todos os dias e esse jamais vai me deixar...Posso sempre encontrá-lo, no momento o qual eu quiser.Basta parar e olhar para um reflexo...Eu estarei lá, meu único e verdadeiro Amor.

Sentei e vi o Sol através do vidro brilhante da janela do meu quarto...

Amanhã talvez eu chore...A Noite vai chegar de novo e eu estarei sozinho outra vez...

Que assim seja e assim se faça...

Abençoado seja!


Acho que estou meio tosco ultimamente, mas aí está...

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Soneto Ao Amigo



Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.
Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...



Vinícius de Moraes.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

* Tear The World Down *




22 de Junho de 2009...
Bem Moody ressurgiu das cinzas com a então Banda The Fallen. Como se já não bastasse o nome ser uma alusão ao primeiro Cd de trabalho de sua antiga Banda, Evanescence, a The Fallen ainda vinha acompanhada de dois ex-integrantes da “ex-Banda”... Jonh LeCompt e Rocky Gray se uniram ao Ben para forma a atual We Are The Fallen.
A polêmica não parou por ai... O fato de ser uma vocalista mulher chamou ainda mais atenção! Carly Smithson é branquinha, longos cabelos negros e olhos claros, nem verdes e nem azuis... Obvio que isso soou como provocação e, desde então, Comunidades no Orkut, sites, Blog’s e tudo o que pode comentar sobre não parou de atacar...
Uns protegem... Outros recriminam... Enfim...
O fato é que a Banda WE ARE THE FALLEN está na ativa, mais do que nunca! No próximo dia 10 de Maio a Banda lança, finalmente, o tão esperado e já comentado Cd.
Tear The World Down tem 11 faixas e uma “bonus”. Bury Me Alive é o primeiro single e já sucesso da Banda. O clip está no ar e, sinceramente, é muito bom mesmo! Mas a que vai mesmo chamar o publico é Without You, num tom, digamos, mais acima do que a primeira música!



A banda não tem em NADA a ver com o Evanescence! Sim, é possível sentir algumas semelhanças... Obviamente! Dois ex-integrantes e o “Pai” do Evanescence compõem a We Are The Fallen... Porém, se você procura ouvir o som nem gótico, nem New Metal e nem nada que possa se encaixar e identificar o Evanescence, se engana! A WATF é outra roupagem, outro som, outra coisa! Vale muito à pena!
Não vejo, de forma alguma, a WATF como uma cópia. Muito pelo contrário! Essa é a Banda a qual Bem pode se expressar. É sua nova arma! Não para ofender e nem “matar” ninguém, ele nunca falou nada contra Amy Lee nesse tempo todo, muito pelo contrário. Ele só não precisa mais da sombra dela, que eu Amo muito, que fique bem claro aqui! Mas eu sei reconhecer que cada um é cada um! E existe lugar para todos!

Quer saber mais?
Visite o site e saiba tudo!



quinta-feira, 6 de maio de 2010

Conto - A Bruxa e o Lobo - Thiago Assoni



A fogueira crepitava no terreno coberto pelo véu negro do céu noturno. A lua cheia reinava sozinha, iluminando aquele campo de terra batida rodeado por altas árvores de cúpulas triangulares e cheias de folhas amareladas do Outuno.
O círculo estava riscado no chão de terra avermelhada, os elementos necessários dispostos cada qual em seu quadrante: ao Norte reside o elemento terra; ao Sul o calor do fogo; Oeste a força das águas; ao Leste o sussurrar silencioso das vozes que sopram com o vento...
Wanda estava concentrada em seu ritual. Respiração ritmada, olhos cerrados e atenção redobrada. O piar da coruja ao longe e o cricrilar dos grilos ajudavam-na e a embalavam nos cânticos que já haviam sido entoado por suas ancestrais.
Dado certo momento, um som se fez ouvir por entre os montes de mato que cresciam desregrados naquele terreno há tempos abandonado. Ao abrir os olhos, deparou-se com aquele lobo acizentado. Ele parecia observar a garota e Wanda sentiu algo estranho: havia algo naquele olhar que, assustadoramente, parecia-lhe familiar.
Notando que o animal nada faria, Wanda tentou ignorá-lo e voltou suas atenções ao ritual. As palavras saiam sem sentido, quase que em um ritmo cadênciado e incontrolável. Sua mente era invadida por imagens abstratas, em desordem e notou que a fogueira dançava ao vento que surgia ainda fraco. O mesmo vento que sussurrou seu nome.
Assustada ela abriu os olhos.
O vento parou, a fogueira se acalmou... Mas o lobo não estava mais ali. Entretanto, Wanda ainda sentia sua presença. Era como se houvesse algum tipo de ligação. Olhou aos lados, procurando-o, mas não conseguia ver nenhuma vestígio de que ele continuava ali, apenas aquela sensação...
Então, de súbito, um vulto negro cruzou sua frente e Wanda sentiu o coração salta no peito. Ainda que sentisse o lobo por perto, e sabendo que era ele naquele vulto, não via mais um animal peludo ali. Porém, nada conseguia ser desvendado, uma vez que a figura misteriosa encondia-se nas sombras das árvores.
- Quem está aí?
Não ouviu nenhuma resposta, mas identificou um esboço de sorriso, ainda que dentre as sombras. Pouco a pouco, percebeu o rapaz se revelar, caminhando, calmamente, até onde a luz da lua pudesse iluminar seu rosto alvo, quase cinzento.
Era um lindo rapaz! Olhos esverdeados e longos cabelos castanhos que cobriam os ombros largos. Vestia casaca vitoriana acinturada em tom ocre com leves bordados em estilo barroco, calça montaria em um tom um pouco mais escuro e botas pretas altas. E então surgiu o sorriso, agora mais nítido, e aqueles dentes...
Wanda sorriu, enfim, e levantou-se, segura de que não havia perigo algum. Desfez o círculo que marcava a terra vermelha com a ponta do sapato e, rapidamente, correu para abraçá-lo...
- Thuomas! Deu certo!
- Cá estou novamente, bruxa.
- Há muito o que precisa resolver...
- Bem sei disso. - ele sorriu triste. - Mas preciso, ainda, de sua ajuda.
- Contando que pague sua promessa, ajudarei no que for preciso.
Thuomas sorriu e sacou pequeno folheto do bolso interno da casaca.
- Aqui está uma amostra do que posso lhe oferecer... Continue me ajudando e terás todo o caderno de onde esta folha saiu.
Wanda desdobrou a folha e leu seu conteúdo. Sorriu, mas não parecia satisfeita.
- Sabes o que preciso, não é?
- Sei, é claro. Mas também sabes do que eu preciso, não é?
A Bruxa sorriu para o rapaz lupino.
- Claro que sei, vampiro... E vou levar-te até lá...
Thuomas mantinha a pose aristocrata, mas não rude. Os olhos devido à fogueira bruxuleante e, mais uma vez, ele sorriu:
- Por mais que o tempo seja algo insignificante para mim, tenho pressa... Podemos ir?
- Sim, é claro!
Fazendo mesura, o vampiro esticou o braço.
- Primeiro as damas...
Wanda seguiu à frente, tendo o vampiro em seu encalço. E aquela noite dividiria toda a existência da Bruxa, do vampiro e, quiçá, da outra pessoa envolvida.
E então se foram, sumindo por entre as árvores, rumo ao desconhecido, a bruxa e o vampiro.


Continua...?

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sábado, 1 de maio de 2010

Meu Amor Vampiro




Seus olhos brilham na imensa escuridão.
A mata densa dificulta minha visão.
Eu fujo, eu corro. Deixo as marcas pelo chão.
Por mais que eu faça, as lembranças não se vão...

Os monstros todos correm atrás de mim.
A cada passo, sinto mais perto o fim.
Por quer eu fui me entregar assim?
Agora não paro pra olhar pra mim...

O vento trás o cheiro que me é perturbador.
Seu perfume invade a mata e aumenta minha dor.
Não sei o que farei se um dia você se for.
Por mais que não devesse, eu vivo esse Amor...

Dentes salientes, olhos a brilhar.
Basta um beijo teu pra poder me matar.
Sabes muito bem que sempre vou me entregar.
Corro nessa mata pra poder te encontrar...

Sei que não é certo, mas jamais vou conseguir.
Sempre em seus braços, não vou mais sair.
És Anjo em minha noite, não vou mais fugir.
Se eu me entrego, sei que vou cair...

Os olhos me assombram naquela escuridão.
Por mais que eu quisesse, não consigo dizer não.
Todas as tentativas sempre serão em vão.
Peça minha vida... Jamais lhe direi NÃO...

Desde que lhe vi, perdi minha vida.
Jamais suportarei ver sua partida.
Mantenho minhas chaves sempre às escondidas.
Agora, com você, não tenho outra saída.

Preso nessa mata – Grito por você!
Já não há mais nada que eu possa fazer.
Meu Anjo, meu Demônio – Vivo por você!
Você mudou minha vida... Você mudou meu Ser...

Corro nessa mata... Não preciso mais fugir...
Deveria ter sumido, mas não posso mais mentir!
Não devo esconder, vou deixar fluir...
Enfrento quem puder, só não deixo de sentir...

Conto - Morrer Sem Coração. - Thiago Assoni



Aos fundos, as luzes pequeninas que adornavam o parquinho do circo ainda estavam acesas, mas ela não queria mais ficar ali.
Olhou aos lados, mas apenas o mato crescia por entre a rua estreita de terra batida. Eram mãos pegajosas e asquerosas... Poderia ela fugir para bem longe, onde ninguém mais pudesse tomar conta de sua vida?
O rosto pintado sorria, mas o peito oco sangrava lágrimas de tristeza irreparável. A que custo ganhou toda sua fortuna? Quanto precisou perder para ganhar?

Aos fundos, ainda piscavam as luzinhas coloridas. E ficavam mais e mais distantes. O caminho nunca foi bonito mesmo, mas não era assim que aparecia para o mundo. Glamour, beleza, sorrisos perfeitos... Tudo era sempre tão fascinantemente mentiroso...
E quem poderia prever que naqueles olhos azuis tão belos, se escondia a dor e a tristeza que suas alegrias nunca mostravam? Vendia tudo aquilo o que nunca acreditou, todas as coisas imensamente inúteis que todos deveriam ter!
Os padrões, a boa forma que a machucava para aparecer bonita. Não coma, vá para a academia, caiba nesse vestido! Você não pode fazer isso, seja o exemplo! Larga esse cigarro, não beba essa cerveja. Fique séria enquanto serve de vitrine nessa passarela onde pessoas fúteis vão te aplaudir. Moda tem um preço, mas não importa: pague! Leia o livro mais vendido, você precisa ser mais cool. Saiu no jornal, então essa é a verdade, faça igual!

E todas aquelas bolas de vidro acessas ficavam para trás.
Por detrás de tanta perfeição, pulsos cortados. Anti-depressivos, maconha, cocaína, heroína. Sexo sem prazer, pois não havia mais libido dentro de si.
Viviam brincado no playground que era toda essa fantasia, armando o circo que era sua vida... Mas ela não queria mais e tudo estava ficando para trás.

Subiu os degraus de um prédio em esqueleto, tão abandonado e sujo quanto ela se sentia por dentro. Chegou ao espaço que serviria de mirante, abriu os braços, sorriu em choro e gritou:
- Liberdade!
E em seguida o vento forte, a queda livre...

O peito oco que derramava sangue, o vazio que corroía sua alma, a lacuna que fazia doer...
Não havia nada que batia, nunca mais sentiu.
Lhe faltava o ar, a visão sumia, o coração parava.
Tudo era desforme, música sem som, fogo sem calor...
Perder o dom por não ter mais Amor...
O peito oco fez reclamar por sentir tamanha solidão, ainda que rodeada por toda aquela multidão.
Sozinha quis ficar, sem poder amar.
Melhor mesmo foi morrer sem coração.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Conto - Queimem As Bruxas. - Thiago Assoni




- Deixa que queimem, todas elas! - gritou o reverendo. - Seres do demônio!
- Elas têm pacto com o Senhor das Trevas! - gritou mais alguém em meio à multidão.
- Bruxas, malignas! - outrem berrou.

E a fogueira foi acesa. No tronco que se erguia preso ao chão, elas estavam presas, observando em silêncio o fogo consumir pouco a pouco todas aquelas madeiras aos seus pés. Sentiam o calor subir, as labaredas do inferno humano.

Olhavam para todos que ali estavam vendo-nas quase mortas, prontas para serem queimadas. Incriminadas pelos pecados que aqueles que as condenavam cometiam. Aquilo não poderia terminar daquele forma, não era justo! Não naqueles tempos, não em pleno ano de 2010. Aqueles mentes doutrinadas, com pensamentos fervorosos, cegos e doentios, eram os que cometiam os maiores males pelos quais pregavam... Não podiam morrer por ignorância e adoração extremista!

Aquela era a praça onde muitas delas brincaram quando criança, ou que encontravam as amigas após a aula... Aquela mesma praça onde quase todas cresceram, seria também o cenário de suas mortes...

Então, lá ao longe, por depois de toda aquela multidão, viram a Luz que se aproximava mansa, ganhando a praça aos poucos. Demorou até que pudessem notar quem eram:
Eram elas... Eram muitas... Negras, ruivas, orientais, loiras... Eram as matriarcas, as Bruxas! E elas sorriram e este era o motivo de tanta luminescência: a luz emanava de seus sorrisos!
As matriarcas eram um contraste em vista daquela cidade moderna e cheia de prédios. Vestidas com seus longos e esvoaçantes vestidos, criavam um imenso círculo invisível. Apenas as bruxas da fogueira podiam vê-las e mais ninguém.

E todas estavam ali. Todas as que também já foram queimadas séculos atrás! Suas ancestrais. Elas que morreram um dia pelo mesmo motivo: a ignorância, a estupidez, a sede pelo poder da verdade absoluta! Em nome de um deus de amor.
As matriarcas fecharam os olhos, enquanto as bruxas na fogueira ergueram o olhar para a Grande Deusa: a Lua Cheia.

- E que Queimem as Bruxas! - gritou novamente o reverendo. - Se for para ser: que assim seja e assim se faça!

Vindo do alto, um som quase ensurdecedor se fez ouvir. Das entranhas celestiais, dos recônditos divino, um grito clamava por justiça.

- A salvação da alma nunca esteve à venda em nenhum Templo! - gritou uma das bruxas amarrada ao tronco. Era ela, era Wanda. - O Sagrado feminino foi violado em tão tenra idade, todas nós fomos violentadas por esta Palavra que deveria exaltar o Amor, mas apenas mata e causa discórdia...

Outro trovão se fez ouvir, reverberando por todos os cantos da cidade, fazendo tremer desde o prédio mais firme até às mãos agora incertas do reverendo com rugas de preocupação na face.
O céu ia se iluminando de quando em quando, ganhando raios abstratos no firmamento em breu. Wanda olhou para as companheiras naquela mesma situação humilhante e procurou as matriarcas... Mas nenhuma delas estava mais lá. Nem mesmo a Lua brilhava mais no céu.
Não podia ser... Não era possível que tal como o Filho do Homem, estavam elas também sendo abandonadas na hora derradeira...
Mas então, uma voz sussurrou ao ouvido de Wanda, calando aqueles pensamentos.

- Sua alma é fortaleza... Nenhuma Bruxa morre no fogo, apenas transmuta...

Então, não se ouvia mais a turba raivosa em seus gritos histéricos de outrora. Não se ouvia mais o reverendo gritando pela morte daquelas que acusava de serem concubinas de Satã. Fez o silêncio, e um vento rasteiro surgiu, erguendo as chamas que quase tocavam o céu. Pelo fogo, a transmutação... E nenhum grito mais se ouviu.

***

Aos poucos ela sentia o vento passar e o calor das labaredas bruxuleantes à sua frente iam baixas. Wanda estava agora sentada , de pernas cruzadas, num grande terreno rodeado de árvores de cúpulas triangulares e moitas vastas. Era quase possível afirmar que estava escondida naquele terreno de terra vermelha, já que o acesso era difícil.

Um circulo estava desenhado no chão. Wanda estava dentro dele, olhos fechados, mas sentiu o exato momento em que se aproximaram. Elas estavam ali, de mãos dadas, sobre o risco marcado na terra avermelhada que formava o círculo. Wanda apenas sorriu e ouviu:

- A Terra para firmar, a água para irrigar, o vento para transformar e o fogo para lapidar... E que queimem as Bruxas, se assim puder ser... E que assim seja e que assim se faça!




Pitty - Quem vai queimar?

Encaixotem os livres
Desinfectem os cantos
Estuprem as mulheres
Brutalizem os homens.

Despedacem os fracos
Enfeitem a moda
Sodomizem as crianças
Escravizem os velhos.

Fabriquem as armas
Destruam as casas
Façam render a guerra
Escolham os heróis

E queimem as bruxas
Deixa queimar...
E queimem as bruxas
Quem vai queimar?

Empurrem conselhos
Forneçam as drogas
Engulam a comida
Disfarcem bem a culpa.

Protejam a igreja
Perdoem os pecados
Condenem os feitiços
Decidam quem vai morrer.

Contaminem a escola
Violentem os virgens
Aprisionem os livros
Escrevam a história.

E queimem as bruxas
Deixa queimar...
E queimem as bruxas
Quem vai queimar?

Quem ordena a execução
Não acende a fogueira
(Pai, rogai por nós)

E queimem as bruxas
Deixa queimar...
E queimem as bruxas
Quem vai queimar?

sexta-feira, 23 de abril de 2010

I Do Believe in...Fairy???



É um rápido pensamento que tive...





Não sei bem porque, mas não gosto muito das Fadas...
Ela são como irmãs metidas das Bruxas, entende?Como se fossem...As Pathys, sabe?Imagine a relação entre uma gótica e uma Pathy...É assim que eu vejo as Fadas e as Bruxas!As Pathys são lindas e sempre Pop, mas não são verdadeiras, pois sempre procuram agradar.Enquanto as Góticas são o que são e danem-se!




Sei lá...Espero não pecar em um Grande erro...


Mas, por enquanto...É como eu vejo!

Falando de AMOR.




Ah!Como eu Amo!
Uma vez disse que amava alguém... Nove meses se passou e o Amor parece ter acabado...
Mas logo surgiu outro e eu Amei de novo...
Sou capaz de Amar, e “desamo” também!
Quem disse que Amor não morre?
Morre sim!E foi Amor um dia!
Já ouvi dizer que “Se acabou, é porque não era Amor”.
Absurdo!
Na vida, tudo tem um começo... Um meio... E um fim!
Eu Amei e já passou!
O Amor, pra alguns, dura mais e eu acho lindo!
Você Ama e já faz tempo que continua Amando?Vivem juntos?
Que bom!






Podemos ver o Amor como uma pequena embarcação...
Vamos navegando, até uma hora que aquela não é mais a direção que queremos seguir...


Nem o Mar que queremos navegar...


E trocamos de embarcação...


Nunca deixamos de Navegar, sempre continuamos...


E precisamos!


Mas isso não significa que aquela embarcação era ruim...


Só não era o melhor para Ambos ( navegador e "navegando")


E sempre precisamos ir em busca do que é melhor para Ambos, no caso do AMOR...


Também li uma vez...Se não me engano, palavras de Paulo Coelho, que dizem:

Amor é como são os Trilhos do Trem...

Seguem o mesmo rumo, mas cada qual no seu espaço.

Por mais que sigam aquele mesmo caminho, sutentando o mesmo Amor, cada um está onde deve estar.





Ah!Como eu Amo!
Não sei quanto tempo pode durar, mas sei aquilo o que sinto hoje!
O que sinto agora !
E eu Amo!
Sem Medo do Amanhã ou depois.
Se acabar?
Continuo em frente!



Talvez troque de "embarcação"
Mas, prefiro pensar que vai durar...
Que seja Eterno enquanto dure...
Afinal...
O “Pra Sempre”...Sempre acaba!



quarta-feira, 21 de abril de 2010

“No Escuro”... Maldição ou Uma Benção?



Sempre que algo relacionado às Trevas ou ao que vem da Escuridão é mencionado, as pessoas tremem... Culpa, talvez, da Educação Ortodoxa que prega uma visão ditadora e manipuladora para algo que “vem à calhar” ( para o lado do “educador”, é claro!)





Porém, por que temer o Escuro se ele é uma “continuação” do Claro? Por que temer a Noite se ela é apenas uma “emenda” do Dia? Ter medo das Sombras se a própria Luz projeta uma Sombra...





Bom, eu não sei usar de palavras Benevolentes para me expressar e acho em demasia confuso usá-las...Então, com meu modo curioso e leigo de ver as coisas, arrisco-me dizer que:
A ESCURIDÃO É, TAMBÉM, UMA DÁDIVA!





Envolta de tanto mistério e beleza, a Noite ( que representa a Escuridão) é, ao mesmo tempo que temida, admirada! A Magia que nela existe é algo indiscutível!





Não sei se ler “O Grimório Gótico” me influencia em tais palavras...Sinceramente, Não!Já sou um Amante da Noite muito antes de ler esse livro, quem me conhece bem sabe!





Nunca enxergue o Escuro como uma Maldição!Acho que isso depende muito do ponto em que você se coloca na Escuridão ( e olha que essa é uma lição pra se levar na vida como um todo! “ Você está onde você se coloca!” Algo só é ruim quando VOCÊ a torna ruim!)





Use a Escuridão para meditar...Reflita, pense...Concentre suas Energias em alguma coisa Boa, direcione intenções para o Bem...Respire Fundo...Deixe sua mente te levar, use o Escuro para isso...Corra o Mundo, faça Magia!

Não faça do Escuro um Monstro!Pois ele só será se você o fizer!



Pitty - No Escuro

Quando tá escuro

E ninguém me vê

Quando tá escuro

Eu enxergo melhor

Quando tá escuro

Te vejo brilhar

É onde eu abro as minhas asas

Onde eu me sinto em casa

Passo o dia inteiro esperando a noite chegar

Porque não há mais nada que eu queira fazer

Quando tá escuro

Tanto faz que cor tem

Quando tá escuro

Só valem as palavras

Quando tá escuro

Ninguém repara minhas meias

É onde eu fico à vontade, sem medo da claridade

Passo o dia inteiro esperando a noite chegar

Porque não há mais nada que eu queira fazer

A noite chegar

Porque não há mais nada, que eu queira fazer

Quando tá escuro

E ninguém me vê

Quando tá escuro

Eu enxergo melhor

Quando tá escuro

Te vejo brilhar

É onde eu abro as minhas asas

Onde eu me sinto em casa

Passo o dia inteiro esperando a noite chegar

Porque não há mais nada que eu queira fazer


Só no escuro

Só no escuro

Só no escuro

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Álvaro De Campos


Quando olho para mim não me percebo.
Tenho tanto a mania de sentir
Que me extravio às vezes ao sair
Das próprias sensações que eu recebo.

O ar que respiro, este licor que bebo
Pertencem ao meu modo de existir,
E eu nunca sei como hei-de concluir
As sensações que a meu pesar concebo.

Nem nunca, propriamente, reparei
Se na verdade sinto o que sinto. Eu
serei tal qual pareço em mim? serei

Tal qual me julgo verdadeiramente?
Mesmo ante as sensações sou um pouco ateu,
Nem sei bem se sou eu quem em mim sente.

* * *

Na verdade, Fernando Pessoa.
Álvaro de Campos é mais um dos seus Três Heterônimos.
Seria este um rapaz futurista, emotivo e reclamão.Chato e meio insuportável, em certos pontos.Normalmente, este é o "personagem" de Fernando Pessoa que os góticos mais admiram, por ter essa queda ao confuso e irreal.Não é regra.

domingo, 11 de abril de 2010

Meu canto escuro


Meu quarto escuro recebia a luz da Lua.
Na noite, lá fora, a chuva molhava a rua...
Meus pensamentos voam longe para te encontrar
Até onde posso ir pra te resgatar?

Eu vejo ao longe um precipício prestes a despencar.
E ouço vozes sussurrando: “Ande... Vá se jogar!”.
As respostas incertas gritam dentro de mim...
Se eu cair nesse abismo, terei você enfim?

Tenho as chaves grudadas, presas na minha mão.
Mas meu medo absurdo não me tira do chão!
Com as asas quebradas, eu não posso sair...
Venha ao meu socorro...Não me deixe cair...

Não quero, com isso, fraco eu me mostrar...
Nesse quarto vazio, eu queria gritar!
Pra que todos meus medos eu possa espantar...
Essas vozes gritando me fizeram pensar...

“Seja lá como for...Vou me levantar...E nesse abismo me jogar!”.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Mistérios equivocados...O OLHO DE HÓRUS - atualizado.




Estava eu conversando com um amigo de MSN quando ele me disse estar magoado com a Lady Gaga...Perguntei o por quê, e ele me disse que, segundo alguns "estudiosos", Lady Gaga seria uma alusão ao Demônio...Será mesmo?

Bom, ele me passou o "clip" cujo os "estudiosos" jogam milhões de FATOS na nossa cara de uma maneira bem...Como diria...Como se fosse uma "Lavagem Cerebral"...

´

Não nego, porém, que realmente existem coisas ali que levam a crer no que eles querem provar, mas eis uma coisa que eu não posso deixar passar em silêncio... Neste Clip (veja acima ) eles afirmam que Hórus seria um Demônio...Mas ora, vejam só que "estudiosos" eles, não?Será que eles realmente sabem o que dizem?
Vamos lá...




Hórus é um deus muito antigo, já conhecido na época pré-dinástica. Era um deus solar, filho de Osíris e Isis, considerado como a manifestação do poder do Sol.  Para os antigos egípcios, Hórus é considerado a encarnação de Rá na Terra, a manifestação solar no plano material, o princípio do fogo.
Também era conhecido como deus do Sol nascente. Todos os dias ele lutava contra o exército das trevas para assegurar o nascimento do novo dia. Era tido também como protetor dos homens jovens, ensinando-os a serem filhos obedientes, para mais tarde tornarem-se homens justos e de bem, pois de acordo com a lenda, ele arriscou sua vida para vingar a morte de seu pai Osíris.
O animal que representava Hórus era o falcão, pois sua vista é tão poderosa que ele é o único animal que pode fixar o Sol. Dizia-se  que “Hórus era um falcão cujos olhos eram o Sol e a Lua, e cujo hálito era  o refrescante vento norte”.

Hórus, "o elevado", deus celeste na mitologia egípcia.
Nome egípcio: Hor
Nome grego: Hórus
Deus grego correspondente: Apolo
Animal: Falcão
Símbolo: Olho de Hórus
Planeta: Sol. 




"O olho de hórus é descrito como uma mistura de olho humano e de falcão. Há dois tipos de Udjats, o que olha para a esquerda (a Lua) e o que olha para a direita (o Sol); juntos, formam os dois olhos de Hórus. O amuleto trazia para os egípcios a força,  o vigor, proteção, segurança e boa saúde. O amuleto poderia ser colocado em qualquer parte do corpo do falecido e este, assim, se tornaria um deus, ocupando seu lugar no barco de Rá."


E então?
Não há nada de Demoníaco aí!
Vale lembrar, ainda, que A Santa Madre Igreja utiliza datas e rituais Pagãos em seus próprios Rituais. Dizem até que a história de Jesus pode ter sido baseada em várias outras histórias de deuses mais antigos, principalmente, Hórus.

Não estou aqui para tomar partido religioso nenhum, longe de mim!
Mas, nem tudo se pode levar à sério...

Cuidado com a Lavagem Cerebral alheia!!!
Acredite no DIVINO, meu povo...E somente isso!
A palavra do HOMEM não é nada, pois ela é usada até mesmo no que se dizem ser o Livro Sagrado...



Tormento...


O chão sumiu diante de meus pés...
A neblina tomou conta dos postes das ruas...
O vento sussurrava monstruoso...
E eu, ali, sozinho a caminhar...
A Lua coberta pelas nuvens grossas...
O silêncio gritando em meus ouvidos...
Sentindo o topor em cada membro meu...
O escuro agora já não me deixa enxergar...
De súbito, eu corro...
Vozes estão atrás de mim...
Já não sei o que é real ou não...
Mas preciso me arriscar...
Sei aonde tudo isso vai me levar...
Por tudo o que estou vivendo...
Por tudo o que estou morrendo...
Você, meu Anjo Negro, vem me salvar...

sexta-feira, 2 de abril de 2010

50 anos de Renato Russo.



No último Sábado, dia 27, Renato Russo completaria 50 anos de vida!

Lamentável não o ter por perto, mas por quê não relembrá-lo?

Abaixo, o Link de um video da Banda, o mesmo que citei no POST anterior.








http://www.youtube.com/watch?v=ctAWPmcHoF8



Camões.

Estive relembrando alguns textos que li e, até mesmo, músicas que ouvi e eis que me deparei com Camões...


Sim, acho que todos conhecem a música da Legião Urbana "Monte Castelo" que trás na letra um trecho de um Poema do Português em questão...




Vai aqui tal Poema...




"Amor é fogo que arde sem se ver."





Amor é fogo que arde sem se ver;


É ferida que dói e não se sente;


É um contentamento descontente;


É dor que desatina sem doer;


É um não querer mais que bem querer;


É solitário andar por entre a gente;


É nunca contentar-se de contente;


É cuidar que se ganha em se perder;


É querer estar preso por vontade;


É servir a quem vence, o vencedor;


É ter com quem nos mata lealdade.


Mas como causar pode seu favor


Nos corações humanos amizade,


Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

* Anjo Negro *




Já se faz tão tarde que a Lua nem brilha mais.
Reviro-me na cama.Não durma, não tenho Paz...
Sei que não te esqueço...Nunca nem Jamais!
A imagem de seu rosto, em minha mente, não se desfaz...

Tomou-se em sua mãos e me sinto tão pequeno.
Não deverias eu ter provado do teu Veneno...
Mas é tão doce por ti me sacrificar.
Daria minha vida apenas pelo teu olhar...

E a vida é tão curta...Se perde em um segundo...
Sei que por você largaria o meu Mundo!
Não sereis tão nobre quanto outro vagabundo.
Pois me sinto frágil, frio e tão imundo!

Não há o que me faça perder a Esperança.
De te ver voltar, qual um sonho de criança...
Sei que em seu Mundo nada poderás mudar.
Mas vem, Meu Anjo Negro...Com teus lábios me matar...

Conto - Understanding - Thiago Assoni


O silêncio, pesar e sofrimento eram quebrados pelo som dos sinos da Igreja que soavam para findar o velório que lá se passava.
Havia mesmo muita gente, os bancos estavam todos ocupados, a tristeza se fazia presente com pesar nas vestes em luto daquela gente.
Lá fora, o céu, também vestido em luto, parecia chorar o fechamento do caixão. Em latim, o padre abençoava mais uma alma a qual findara com sua própria vida carnal.

- In nomine Patris et Filii et Spiritus Sancti...
- Amém. - respondeu a turba em uníssono.

Entrou cabisbaixa naquela Igreja uma moça alva de olhos claros e marcados à lápis preto que escorria à face pálida. Os cabelos negros misturavam-se às roupas de seu pesado luto. Atravessou os umbrais imensos sussurrando algumas palavras de significado íntimo.
Vagarosamente, ela andava até o altar. Olhava triste para aquelas pessoas. Seus parentes, amigos e outros que eram apenas alguns conhecidos. Alguns rostos brilhavam flashs de lembranças remotas.

Um verão com o então namorado numa praia há alguns anos, muitos daqueles presentes na Igreja eram ainda adolescentes. Corriam à beira do mar, chutavam a água para que molhassem uns aos outros. Naquela mesma noite, um Lual com os amigos, violão e fogueira. O carro do namorado um pouco mais distante, no alto de uma baixa colina. Sua primeira noite de amor em um carro...

Mantinha-se o silêncio pesado nos ocupantes da Igreja. Apenas a voz rouca do Padre que lia algumas palavras que não prendiam as atenções do que ali estavam.
A moça lhou para o altar e viu ali seu noivo e ele estava triste agora. Foi naquele mesmo altar que há alguns anos se casaram, trocando as juras de amor e promessas de união até que a morte os separassem...

-“Prometo ama-lo e respeita-lo todos os dias de minha vida... Até que a morte nos separe...”.
-“Prometo ama-lo e respeita-lo todos os dias de minha vida... Até que a morte nos separe...”.

Ela se aproximou dele, olhou-o triste. Ele chorava tanto. Sua tristeza era grande e a atormentava demais. Sentia seu peito doer com a dor dele e aumentava cada vez mais. Cada lágrima que escorria a face dura daquele rapaz, doía profundamente dentro dela.

"Please, don’t be afrain... When the darkness fades away..."

Nada que ela dissesse naquele momento iria conforta-lo. Sua tristeza era demasiadamente dolorosa, uma lacuna que se abria e se aprofundava tanto nele quanto nela. A tristeza era gritante, mesmo naquele silêncio.

- Você nunca estará sozinha, meu amor... Nunca...

Era o momento do caixão ser levado para o carro funerário e lá estava seu marido a frente do caixão. Mesmo sabendo que deveria, ela não se juntou àquela turba de zumbis e ficou sentada entre os degraus da escadaria à porta da Igreja, assistindo àquela triste cena.
Observa seu marido de longe, tão triste, tão choroso. Nunca o vira tão frágil.

Quando, enfim, o caixão foi posto no carro funerário e as portas traseiras foram fechadas, todos partiram todos para o cemitério em seus carros particulares. Ainda sentada à porta da igreja, Emilly viu os carros, um a um, sumirem lá depois das esquinas...

Os passos pareciam arrastados no caminho até a sepultura. Pedrinhas minúsculas em toda extensão do chão desigual e esburacado. O grupo de pessoas seguia o caixão em duro e absoluto silêncio, salvo exceção dos choros que seguiam baixinhos, inclusive o daqueles duas pequenas crianças que choravam sentidas pela morte de quem ali ia sendo levado...

Emilly, a moça que antes jazia entre os degraus polidos à porta da Igreja, sofria muito com tudo aquilo. Doía tanto vê-los daquele jeito. Eram crianças, não deveriam sofrer tanto assim...

Manteve-se afastada o tempo todo. Viu o momento em que pararam para uma ultima oração enquanto o céu escurecia mais e mais, as núvens grossas e negras surgiam para deixar o dia virar noite. Conforme via aquele momento, os pensamentos de Emilly rodavam em mente como se num filme fora de controle, ordem e velocidade. Oras lembrava de sua infância, oras de dias atrás. Em alguns momentos via tudo corrido, em outros em câmera lenta...

O nascimento de seu primeiro filho...Um menino lindo...
Relembrou o nascimento da menina, dois anos depois...

As criancinhas que choravam no velório... Eram eles, eram seus filhos! Olhou aos lados e encontrou também seus pais que choravam muito.
Então ela tentou falar com alguém, se aproximar... Mas ninguém lhe dava atenção e isso a deixava atordoada! O que estava acontecendo, por qual razão aquela dor no peito ainda doía tanto e cada vez mais?

"Hold and speak to me... Of love without a sound..."

A dor no peito doía insistentemente e o choro de todos acentuava aquele sentimento pesado que a prendia na terra, fixando os pés como se andando sobre areia movediça.
Dada a hora do sepulcro, sua visão escureceu...

Ouvi o som da chuva tilintar no vidro, o carro parou.
Era noite. Escutava, ao longe, uma discussão...
Os passos duros no chão molhado, ouviu os gritos
Ela puxava seu marido das mãos de dois grandalhões e um deles correu com algumas coisas na mão. O outro em seguida e parou num beco escuro. Também tinha algo em mão e ergueu o braço na direção dos que sofreram o assalto.

"Tell me you will live through this... And I will die for you..."
BAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAM ! ! !

O disparo ecoou em sua mente e sentiu o baque no peito seguido do líquido rubo em suas vestes empapadas.
Olhou para o local que doía tanto o tempo inteiro e lá estava o sangue que corria livre, fazendo-a sentir desfalecer novamente.
As pernas bambearam e a visão se fez turva. Lembrava de ter caído nos braços forte do marido que gritava seu nome initerruptamente e pedia por ajuda.
O vermelho e azulk do giroflex que cortava as ruas da cidade, a chegada ao Hospital, a equipe de médicos que corria ao lado dela na maca que seguia para a Emergência...

- Um...Dois...Três...Afasta!
E o choque fazia seu corpo saltar da maca, um apito agudo vinha breve...
- Vamos, mais uma vez...
E o choque percorreu seu corpo mais uma vez.
- Inútil...- disse o doutor, triste, jogando a máscara cirúrgica no chão.- Perdemos a paciente...

A chuva ainda banhava toda a cidade, lavando a sujeira das ruas e levando a tristeza para longe do jazigo onde Emilly estava agora. Todos já haviam indo embora, as flores jaziam sobre o mámore cinza.

Um túnel abriu-se a sua frente e ela compreendeu que precisava partir. Mas não queria ir, a dor era ainda muito real e não conseguia acreditar que era verdade.
Olhous para suas mão e sua roupa. Ela sangrava. Tremia.
O silêncio, pesar e sofrimento eram quebrados pelo som da chuva que insistia cair por sobre a necrópole, agora, deserta de seres vivos.

Olhou mais uma vez para aquele jazigo de mámore onde estava sentada, o vestido abrindo-se sobre o tampão recém-vedado. As letras douradas denunciavam aquilo o que não queria acreditar:

“Aqui jaz Emilly Rose”.

Ao som da Música: Understanding
Artista: Evanescence


quinta-feira, 1 de abril de 2010

Deusa...Lua!



LUA...
Dona das mais tristes Noites tácitas e sombrias...
Olhe-me...
Tome conta de mim, amante da Noite!
Cure minha solidão...Dê-me vida...
Preencha meu âmago frio e obscuro...
Seja Minha Companhia esta Noite...
Faça-me viajar para perto de ti.

LUA...

Encha meus olhos com Tua Beleza!
Me faça Brilhar...
Sejas tú a vida entre minha morte.
No Vale Das Sombras, sejas tú a minha Luz!
E quando a Terra eu deixar...
Seras tú a minha nova Morada...

LUA...

Dona da Minha Noite!
Dona do Céu Negro...
Ilumine meu Caminho...
Sejas Dona de mim...


LUA...

quarta-feira, 31 de março de 2010

Máscara...Fallen...



"Diga...Quem você é, me diga...Me fale sobre a sua estrada...Me conte sobre a sua vida..."

Quem sou eu?
Quem é você?
Dane-se o que sou...Quem eu sou...
Isso nem eu mesmo sei responder...Aliás, quem sabe?

Posso muito bem acordar sendo UM...Ser OUTRO no meio do dia e, antes mesmo que o dia termine, dou-se ao luxo de ser ainda mais OUTRO...
Dane-se o que ou quem sou!
Eu POSSO ser do BEM...
Eu POSSO ser do MAL...
Eu POSSO o que eu quiser!
Eu POSSO...
Eu QUERO...
Eu CONSIGO...
Eu FAÇO!
Eu acredito...Sou Leal, Fiel...Ciumento...Chato, bipolar!
Vou do céu ao inferno em segundos...
Porém, posso fazer do inferno o melhor dos Paraísos!
Amo a LUA!

Amo Escrever!

Amo Vampiros, Bruxas, "meus" Escritores Brasileirinhos Fantásticos, músicas (Evanescence, carro chefe!)
Simplesmente AMO!
AMO A MIM !!!!
Eu choro...
Chorei e Choro!
Dizem que lava a Alma...
Eu sofro...
Sinto Dor...

Me falta o Ar...

Me falta a visão...
MAS...Acima de tudo...

Eu SORRIO!

Sorrisos abrem portas, janelas...

Melhora a imagem...

E o sorriso esconde o que sofro...O que me dói...O meu Choro...

Sou aquilo o que posso ser e simplesmente isso...

NADA MAIS!

Quem eu sou?

Quem é você?

DANE-SE !!!

terça-feira, 30 de março de 2010

De volta novamente...

Olá amigos...

Bom, pra alguns já sou alguém familiar...Pra outros, não...

Por méra distração, acabei perdendo meu antigo BLOG, mas tanto fiz que VOLTEI!!!

Pra quem não me conheçe ( e sei que são muitos), vou postar o que eu já tinha no outro BLOG e começar a fazer "POST'S" novos.

Espero que gostem e deixem seus comentários!
TODOS são muito importantes para mim!

Desde já, agradeço a visita...
Divirtam-se!

Visitem o antigo BLOG
http://thiagotad.blogspot.com/