Girava
e girava numa dança sem música,
sentindo
o vento no rosto,
os
cabelos bruxuleando naquele ritmo sem som.
O
céu azul, as nuvens de algodão,
o
verde da grama aos seus pés descalços.
O
vestido branco se erguia levemente,
mostrando
a perna magra e ferida em linhas retas e horizontais.
Os
braços eram um emaranhado desforme o ar,
indo
para lá e para cá, sem nexo.
Era
perfeita por fora, visto aos olhos desconhecidos.
Tão
bela, tão serena.
Frágil
e dócil, era aquela menina.
Olhos
fechados,
boca
fina e num meio sorriso.
Não
sabia se estava triste ou alegre,
se
dançava ou agonizava.
Estava
apenas ali de pé, no meio do parque.
Seria
louca a menina dançante?
Não
havia som algum para estar rodopiando assim...
Onde
estava aquela menina?
De
súbito caiu.
Convulsionou.
Tremeu
no chão e parou.
Enfim
seus lábios sorriram,
os
olhos se abriram
deslumbrou
o azul do céu.
Livre.
Desperta.
Viva.
Foi-se
para se libertar.
Despertou
do sonho que era estar viva.
Que delícia de conto!👏👏👏👏👏
ResponderExcluirmais uma viagem sensorial para a minha pessoa! ^^ inicialmente me lembrou muito não a música, mas sim o clipe de "vermillion part 2" do slipknot
ResponderExcluirQue lindo!!! vou dar aquela stalkeada à lá psycho aqui.
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